Por que a grande mídia e a oposição resolveram jogar sujo

Vinicius Wu

, por Carta Maior

A grande mídia e a oposição não compreenderam que o país entrou em um novo período histórico e, desta forma, correm o risco de ficarem falando sozinhas por um bom tempo. As pessoas não estão votando em personalidades, como supunham os próceres da campanha Serra. Estão votando no futuro - no seu futuro e no futuro do país. A disputa eleitoral de 2010 não ficará marcada pelo “confronto de biografias”, como imaginavam os tucanos e seus aliados no início da campanha. Derrotados em seus próprios conceitos; perplexos diante de uma ampla maioria que lhes vira as costas, só lhes resta o golpe, que não tem força pra dar.

Revisitemos as declarações de Serra e de diversos articulistas da grande mídia simpáticos à sua candidatura ao longo de 2009 e início deste ano. Sem esforço, perceberemos que sua estratégia eleitoral baseava-se na tese do “contraste de biografias”. Inebriado por sua vaidade, Serra alimentou a certeza de que a comparação de sua trajetória política com a de Dilma seria a senha para a vitória. Ocorre que o povo brasileiro rejeitou a fulanização do debate. Optou por contrastar os projetos de Brasil disponíveis e sepultou as pretensões tucanas nestas eleições. Leia mais