O ensino secundário não é um direito secundário

Thalif Deen

, por Inter Press Service (IPS)

A maior riqueza de um país é ter uma população instruída, afirmou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), após ressaltar que a única forma de escapar da pobreza é ampliar o acesso ao ensino secundário.

“É um direito mínimo para dar aos jovens o conhecimento e as capacidades necessárias para garantirem uma vida decente no mundo globalizado de hoje”, disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, por ocasião da apresentação de um estudo sobre as desigualdades no acesso à educação. “Serão necessários compromisso e ambição para enfrentar o desafio. Contudo, é a única forma de conseguir prosperidade”, acrescentou.

Duas em cada três jovens africanos estão fora do ensino secundário. Os governos desse continente se esforçam para cobrir a demanda, especialmente na região subsaariana, onde só há vaga atualmente para 35% dos adolescentes em idade de cursar esse ciclo escolar. As meninas têm maiores barreiras devido à brecha de gênero, que aumenta na região, segundo o Compêndio Mundial sobre Educação 2011, divulgado no dia 25 pelo Instituto de Estatística da Unesco. Leia mais