Enfeitar a cidade, transformar o urbano com uma arte viva, popular, da qual as pessoas participem, é a minha intenção. (Alex Vallauri)
Para começo de conversa é graffiti! Grafite é aquele bastão fininho que tem dentro do lápis que serve para escrever. Mas graffiti também é escrita. Escrita inscrita nas paredes da cidade. É cor, linguagem, textura, arte, intervenção, protesto, provocação.
A história, as lendas e a Wikipédia dizem que o graffiti deriva lá do Império Romano, onde os muros eram utilizados como um dos suportes de diálogo com a esfera pública. Cristo foi crucificado, Maria Antonieta perdeu a cabeça, o muro de Berlim foi derrubado, a Hebe quase morreu e o Corinthians foi para a Libertadores, e o graffiti continua sendo intervenção, arte e denúncia urbana.
Generalizou-se pelo mundo a partir de maio de 1968, quando, no contexto de revolução política e cultural, os muros de Paris foram tomados por inscrições de caráter poético-político. Tornou-se popular e adquiriu forma nas ruas de Nova York. No Brasil, mais fortemente em São Paulo, surgiu na década de 1970. Primeiro através das pichações poéticas e depois com a stencil art (com reprodução seriada). Já nos anos 90, o graffiti ampliou sua presença para as periferias no rastro do movimento hip-hop. Leia mais