A primavera kirchnerista

Dafne Melo

, por Brasil de Fato


Combinação de crescimento econômico baseado no modelo de agronegócio e políticas assistenciais explicam parte do sucesso de Cristina Kirchner

Há um ano, o kirchnerismo vivia uma situação complicada. O então candidato do oficialismo e favorito à sucessão presidencial, Néstor Kirchner, falecia e deixava muitas perguntas. Seria possível uma volta de setores ainda mais reacionários? Seria Cristina Fernandes de Kirchner capaz de preencher esse vácuo e se reeleger? A resposta, um ano depois, veio com as eleições do dia 23 de outubro, em que a candidata do Partido Justicialista (PJ), o aparato partidário mais forte da Argentina, varreu sem dificuldade a oposição à direita e à esquerda, com uma vitória galopante, já no primeiro turno (ver quadro com porcentagens). Foi a maior diferença entre um primeiro e segundo colocado desde a redemocratização do país, em 1983. Leia mais